Filho de João Florêncio de Queiroz e Francisca Alzira do
Rêgo
Nasceu em Pau dos Ferros, município do
oeste potiguar, filho do agricultor e marchante João Florêncio de Queiroz (1885 - 1929)
e de Francisca Alzira do Rego (1885 - 1963), e teve dez irmãos. Como seus pais
eram de poucos recursos e a família, numerosa, Antônio teve que ajudar no
orçamento familiar ainda criança, ainda mais depois que seu pai faleceu, quando
Antônio contava três anos de idade. Sua mãe, porém, obrigou-o a frequentar a
escola.
Na adolescência, trabalhou
como ajudante de pedreiro com seu irmão José Florêncio de Queiroz, pedreiro e
mestre de obras conceituado. Posteriormente, abandonou a profissão e passou a
trabalhar para a firma Sociedade Anônima Mercantil Tertuliano Fernandes,
em Mossoró, como auxiliar de
serviços gerais, tendo sido depois transferido para trabalhar no escritório
do Rio de Janeiro então capital
federal. Ali, deu continuidade a seus estudos, tendo se formado contador pela Academia de Comércio do Rio de
Janeiro, em 1952, e bacharelando-se em Ciências
Econômicas pela Faculdade de
Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro,
em 1956
EMPRESARIO
De funcionário de serviços
gerais, foi galgando promoções até chegar à presidência da firma que lhe dera a
mão no início da sua vida profissional. Empresário, com largo conceito no setor
industrial, voltou-se para o seu estado de origem, onde implantou várias
fábricas e salinas, gerando emprego e renda para os seus conterrâneos. Daí
foi angariando a simpatia e o reconhecimento dos seus conterrâneos, que o
lançaram candidato a deputado federal.
Sua eleição teve votação expressiva, principalmente na zona oeste do seu
estado, sua terra natal.
Foi representante da
Indústria Salineira do Rio Grande do Norte no Grupo de Trabalho criado
pela SUDENE,
em 1961, para estudar a reorganização
das cheias daquele ano. Além disso foi também: membro do Conselho Fiscal
da Confederação Nacional da Indústria(1968/1971);
vice-presidente do Sindicato da Indústria de Extração do Sal do Rio
Grande do Norte; representante da Indústria
Salineira do Rio Grande do Norte no Grupo de Trabalho, criado pelo Presidente
da República, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social, para exame dos problemas pertinentes à
produção, consumo, transporte e racionalização do sal, em 1965; executor do convênio firmado entre o Ministério
dos Transportes e o Sindicato da Indústria de
Extração do Sal no Estado do Rio Grande do Norte, pelo qual foi criada por lei
a Comissão dos Terminais Salineiros; e Secretário Geral da Associação
Brasileira de Extratores e Refinadores de Sal
DEPUTADO DO SAL
Antônio Florêncio
acreditava na fábrica de barrilha como capaz de amenizar a pobreza do Rio
Grande do Norte, e para isto muito lutou. Foi o
grande responsável pela execução do porto ilha de Areia Branca Vislumbrava um porto marítimo em alto mar que teria a
capacidade de, agilizando o carregamento de um navio, ajudar às indústrias na
comercialização do sal. Essa operação, que antes demorava de quinze a trinta
dias, dependendo da capacidade de carga do navio, com o advento do porto,
passou a ser realizada em 24 horas. Foi o grande batalhador para que o asfaltamento da BR-405, espinha dorsal da região oeste do
estado, se tornasse realidade. Via nessa rodovia o grande escoadouro das
riquezas e produtos da região em que nascera, bem como sabia que aquela rodovia asfaltada iria trazer inúmeros benefícios ao povo
da zona oeste do estado, uma vez que facilitaria em muito os deslocamentos, não
só para as cidades em redor, mas, e principalmente, para Natal, a capital do estado..
O atual promissor mercado
de camarão, com a criação em
viveiros, e que tem o Rio Grande do Norte como o grande produtor nacional,
gerando divisas para o país, originou-se no governo de Cortez
Pereira, tendo o deputado Antonio Florêncio como o
grande incentivador, que chegou, inclusive, a levar técnicos potiguares a
adquirir know-howno Japão e
nas Filipinas, à época grandes produtores
de camarão.
Como parlamentar, exerceu igualmente
várias funções: membro da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar
as causas do retardamento das soluções para o aproveitamento de combustíveis
não derivados do petróleo; membro da comissão
especial que prorrogou os mandatos dos Prefeitos e Vereadores, em 1980; membro da Comissão de Transportes, Comunicações e Obras
Públicas e suplente da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas (1971); 4º Suplente da Mesa (1975/1977); Vice-Presidente
(1973, 1978 e 1980) e
membro (1975, 1979 e 1981) da
Comissão de Ciência e Tecnologia; suplente da Comissão de Ciência e Tecnologia;
suplente da Comissão de Agricultura e Política Rural (1983) da Câmara
dos Deputados
Antônio Florêncio faleceu
em Natal – RN, no dia 11 de abril de 1991, aos 65 anos de idade,
no Hospital Pró-Cardíaco do Rio de Janeiro, deixando viúva Neusa
Casares de Queiroz e dois filhos: Maria Casares de Queiroz e Antônio Florêncio
de Queiroz Filho.
Foi homenageado por quase todos os municípios do Rio Grande do
Norte; a mais célebre homenagem, porém, foi em Natal, onde seu nome foi
dado a uma das artérias mais importantes da cidade, que dá acesso às praias do
litoral sul, conhecida popularmente como rota do sol.
.FONTE WIKIPÉDIA